quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Saudades de quem tá perto.


Fim de curso é festa, livres de provas, dos intermináveis e cansativos trabalhos e libertos da falta de responsabilidade de alguns "mestres" a gente pensa que a vida é um mar de rosas, mas não é bem assim.

Eu, por exemplo, estava contando nos dedos os segundos pra "me livrar" da Ufal.Tá aí,tô livre, mas morrendo de saudades dos meus verdadeiros amigos, daqueles que me acompanharam nesses quatro anos e fizeram com que os dias fossem muito melhores.

Estruturamos uma família, a Família Tyger, muito unida e ouriçada como toda grande família que se preze, mas com quem dividi muitos momentos de compreensão, apoio, diversão, choro e aprendizado.

Quando entrei no curso de Jornalismo achei que não ia me encaixar ao tipo usual de pessoas que circulam por ali.Fui conhecendo pouco a pouco as pessoas e tive o privilégio de ser escolhida pelas melhores pessoas que,consequentemente,são os melhores amigos.

Logo no dia da matrícula institucional, a amiga mais doce, mais meiga e mais compreensiva de todas:Nanda. Ao longo desses quatro anos ela cresceu,mudou, casou (Fernanda, depois que casou!!) mas continua sendo o ponto de equilíbrio da Família Tyger.

Na Secom, encontrei a pessoa mais alegre do planeta: Paulinha. Uma menina movida a bateria interminável, comunicativa, que chega conquistando...Não tem como não gostar dela.Acho que a Paulinha é a alegria da família Tyger, aquela que sempre enxerga o ponto positivo no meio do turbilhão.

Na primeira semana de aula, Lorena, a pessoa que conseguia se comunicar bem com todos os lados de uma turma de Comunicação Social dividida.A primeira Jornalista que consegui visualizar formada naquela turma, com postura de repórter e um caráter excepcional. A Lore é a facilitadora,um exemplo na família que todos admiram.

Com o passar dos dias, chegou a Baiana.Com seu boné na cabeça, mochila as costas e um andar relaxado de quem faltava muito às aulas(dedurei você,Rafa).Mas essa "menina baiana" se mostrou, de longe, a criatividade da família tyger.Dela sempre vinham os ditados populares mais engraçados, os vícios de linguagem mais pegajosos (que todos adotam e adoram) e os affs... que aprendemos a amar tanto. A Rafa é nossa criativa, que mesmo sem querer, consegue ter as melhores ideias.

Quando eu já tinha conhecido todas as anteriores e acreditava ter encontrado meu grupo, eis que aparece aquela que é considerada a Mamy Tyger, aquela que se preocupa, que arruma soluções fabulosas para os problemas de seus filhos, que empresta uma amizade tão fiel e tão presente que não poderia merecer outro cargo na família.A Carol é a "Big mother" dos Tygers, ela é a compreensão. Nos ajuda a entender o que tá errado, puxa nossas orelhas, nos ouve e dá um jeito(sempre dá um jeito, é incrível).PS.:É minha melhor amiga!

O Josias surgiu na família como uma novidade, apropriadamente o chamamos Josias News. Se há alguém que superou todas as dificuldades, esse alguém é o Josias;Se há um sinônimo para a palavra dedicação, este é Josias.O Josías é o altruísta da Família Tyger.

E tem também os que chegaram depois, mas não menos amados:

Roberta, Felipe,Társis,Papy...


Como eu amo essas pessoas, como eu sinto falta delas.O engraçado é que estamos separados pela proximidade.Tá todo mundo tão perto e tão longe ao mesmo tempo.Há uma rotina e uma vida que insiste em nos separar.

Cultivo sempre comigo o EQUILÍBRIO, a ALEGRIA,o EXEMPLO,a CRIATIVIDADE,a COMPREENSÃO e o ALTRUÍSMO.Mesmo que a rotina nos separe, a Família Tyger mora eternamente no meu coração.


Amo vcs!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Preconceito e Liberdade de expressão.


Simples declarações e muita polêmica.Assim pode ser definida a entrevista concedida pelo músico John Mayer á Playboy americana.

Em entrevista à Playboy americana, o músico John Mayer deu uma declaração que não imaginava, fosse gerar tanta confusão.Numa conversa que beirava a informalidade e onde se falou de tudo, menos de música, Mayer declarou não se relacionar com mulheres negras e, a partir de então, vem sendo crucificado pela mídia e por algumas pessoas.

É inquestionável: falar de supremacia branca se referindo a seu orgão sexual não foi a melhor forma de expressão.Fato.Mais uma vez John peca pelo excesso, por sua "boca maldita" e por uma mente sem filtros,características já conhecidas de sua personalidade e comportamento.

Após tal declaração, Mayer vem sendo tachado de racista, sectário,preconceituoso, uma verdadeira crucificação.

JM se expressou mal, foi mal interpretado e está sendo punido por suas declarações.Choveu de mulheres negras ofendidas com a declaração do cantor, pessoas incapazes de entender que tudo que ele quis dizer, com seu jeito meio sem-noção de ser, era que não sentia atração por pessoas da raça negra.Isso é crime?É à isso que chamam preconceito?Eu chamo de preferência...É como preferir sprite à fanta, spaguette à baião de dois, água à vinho...

Sexualmente falando, as pessoas sentem atração uma pelas outras e isto é acentuado pelo tipo físico, fundamental na escolha do parceiro, ainda que implicitamente.Não sou eu quem atesta, é a ciência... logo, todos tem direito a ter suas preferências sexuais.Há quem prefira loiros à ruivos,ruivos à índios, índios à negros, negros à brancos...Coisa normal, até aí, nada de preconceito!

Acho rídiculo o fato de John ter externado sua "não-preferência sexual" por negras tenha sido visto como algo tão ofensivo, afinal, se ele dissesse não se interessar por brancas o alarde não teria sido o mesmo.

Estou indignada com essa falta de liberdade de expressão.Não vale dizer que a declaração tem peso duplo por Mayer ser uma pessoa pública, nada justifica a "caça às bruxas" que está sendo feita contra ele.Oprah Winfrey (quem??) o baniu de seu programa e no Brasil, mais de duas mil pessoas deixaram a comunidade do cantor no orkut?A troco de quê?

Entendi a declaração de John.

Deixemos de hipocrisia e olhemos para os próprios umbigos.

Odeio vitimização racial e esse é um nítido caso dela.

Compreendo que os negros realmente sofrem uma situação tensa nos EUA ainda hoje por conta dessa questão racial, mas discordo da ideia de precoceito e racismo atribuída a essa declaração.

John se desculpou publicamente e admitiu ter usado as palavras erradas...Quando essa história será superada?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Corpo jovem, mente velha.


Você provavelmente já viu ou ouviu alguém fazer a velha relação entre idade do corpo e idade da mente, pois bem , agora é a minha vez.

Sempre achei minha mente velha demais para minha idade.Quando tinha 15 parecia ter 18, aos 18 eu já tinha 21 e hoje, com 21, já devo passar dos 30.

É engraçado como isso acontece, como as vezes a idade não corresponde aos sentimentos da alma.Não sei se posso me considerar uma pessoa adulta ou amadurecida,é logico que ainda tenho muito a aprender, porém enquanto a vida segue fica quase impossível que eu não note essa discrepância no meu modo de ser.

Por onde devo começar minha exemplificação?Talvez pela afirmação de que me relaciono e compreendo melhor pessoas mais velhas do que eu.Gosto de lidar com a maturidade das pessoas fazendo contraponto a minha pouca experiência de vida.

Costumo pensar que aprendo mais nesse tipo de situação específica do que quando lido com gente da minha idade ou inferior à ela, geralmente é muito complicado e, sem perceber, acabo assumindo uma postura diferenciada e adulta demais.Isso afasta as pessoas, estou ciente.

Por outro lado, quero viver as experiências próprias de "pessoas normais" de 21 anos.O amadurecimento me parece algo muito caro a essa altura da vida, porque a primeira palavra que me vem a mente quando penso em amadurecer é RESPONSABILIDADE(pesada!!).

Ok, isto está tomando o rumo intimista que eu luto em extrair dos meus textos,vamos voltar a questão da idade.

Carnaval, por exemplo, é a festa que considero a mais desnecessária e patética de todas...É nausenante pra mim todas aquelas músicas repetitivas e as coreografias obscenas que se vê pra cada lado que se vira.Mas aí já é da minha personalidade,tudo a ver com meu momento atual.

O que "pessoas" normais de 21 anos costumam fazer?Do que gostam e como se comportam?A resposta não está comigo...essa pergunta deveria ter sido feita há uns quatro anos, acho que saberia responder.












domingo, 7 de fevereiro de 2010

As verdadeiras "pecinhas" de Maceió.


Sábado á tarde, contrariando minha preguiça e a vontade quase incontrolável de me entregar ao prazeres da televisão, criei coragem para acompanhar o bloco das Pecinhas de Maceió.

Antes de continuar, preciso esclarecer que no dicionário "Priscilístico", acompanhar significa olhar de longe, observar, nada próximo de pular dançar enlouquecida ou embarcar na "pipoca"...quem me conhece,sabe.

A ida é sempre uma folia, o ônibus vai cheio, você até vai sentada e as pessoas ainda( é importante frisar) estão civilizadas.

O bloco é animado e a maioria dos foliões conhece o verdadeiro sentido da palavra diversão, mas aí com pouco tempo a coisa esquenta mais que o forte sol que brilha no céu, o calor fica mais insuportável do que o que faz suar a pele e o motivo não é o aumento da temperatura, é a violência entre(ou das) pessoas.

Arrastão, assaltos, brigas e gente correndo de garrafas de vidro lançadas ao alto...e eu no meio!Quanto arrependimento.

Passado o bloco, a euforia das pessoas e o empurra-empurra vem a volta, tão temida e esperada( afinal, que lugar é melhor que a própria casa?).Mas ontem, 06/02 não foi bem assim pra vim, a volta virou um pesadelo...

Passei a dizer que ontem tive o privelégio de acompanhar em slow motion uma versão do céu e do inferno e assim deu pra fazer um panorama crítico e comparativo de onde quero passar a eternidade...Não estou prestes a fazer um discurso religioso fervoroso,analogias servem exatamente pra isso...

O céu era a alegria e paz entre alguns foliões, gente consciente que só queria se divertir de forma saudável e responsável, sem implicar riscos à vida de ninguém...Pessoas bonitas, olhares interessados,comida regional,boas companhias...

A visão do inferno era um pouco mais incisiva e cruel: gente se amontoando num ônibus com espaço pra 60 pessoas, vândalos pulando a catraca, gente pendurada nas janelas, povo quebrando a porta, cobrador sendo xingado, motorista ameaçado de morte, gritaria, gente caindo pela porta e calor, muuuuuuuito calor (a parte do inferno que muita gente cita sem saber mas que deu pra sentir na pele).

Dado os panoramas escolhi o céu.Não que ele não fosse minha opção desde algum tempo, mas agora apertei o botão verde que diz " confirma".

Não entendo o comportamento de alguns seres humanos que acham que tudo se resolve no braço.

Não consigo absorver a idéia de que não é possível desenvolver o mínimo de educação (ou algo que chegue perto desse conceito)

E, mais que qualquer outra incredulidade, não consigo acreditar que me meti num "programa de índio desses".

Dizem que ditados são sábios, com alguns concordo outros acho extremistas, mas com o que segue tenho de concordar: "Gato escaldado tem medo de água fria".Antes de ir à um programa desses de novo, me assegurarei de todos os prós e contras.